quinta-feira, 6 de outubro de 2011

caixa


Essa cansativa rotina de estender os braços pro alto,fingir que o mundo não gira,que não há passado e que não há presente.A gente cansa de fingir que os problemas não nos afetam e tentamos ao máximo olhar pro céu e ignorar toda essa baderna descontrolada que passa diante de nossos olhos.A gente se perde em meio essa vida louca que nos ilude,que persiste em alienar-nos,que faz nosso dia virar noite sem percebermos.Por fim nos revoltamos,em plena multidão de mesmices,indo contra tudo que não é verdadeiro e por fim não chegamos a lugar nenhum.
Esquecemos de dar-nos valor,acreditar em nós mesmos,abraçar e expulsar a carência.
Trocamos rosas por espinhos,estrela por borrão,tempestades por arco-iris,amarguras por perdão,descasos por abraços.
Admitimos a solidão como aliada,andamos de mãos dadas e nos apaixonamos por essa intensa depressão de nossos seres quebrados e machucados,ligados a uma decepção passada.
Tratamos como montanhas aqueles que nos enxergam como pedras,deixamos que nos pisem,que nos agridam,a conta de que ? De mais uma amargura em nossas caixas de mágoas, que assim que transbordam virão lágrimas ?
Controle sua baderna,sua caixa empoeirada,suas falsas verdades,seu passado despedaçado,suas estruturas balançadas
Deixe o resto de lado,deixa que o tempo da conta do recado.

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